CÉU AZUL

Impressões de viagens, alquimia de verbos, tempo quando sobra e dá vontade. Casamento de sonho com vigília. Corpo de ser vagando pela dimensão das palavras.

Monday, April 30, 2007

arco 270 íris

Pelos ares vou tecendo impressões, que surgem como estas ou aquelas nuvens, em seus caminhos invisíveis e surpreendentemente gelados. Nuvens vistas de cima.
Abaixo, um desmatamento só. Não se sabe se cana ou café ou o que, mas é fato. Os rios se escorregam barrentos, ricos em óxidos férricos, passando por cidades que ainda vão crescer, cortando estradas retas, os rios sinuosos, quase rubros.
Enquanto a Tam serve Sol, a meia lua aparece ao meio dia.

Lá ao longe, naquele azulão profundo, um único pontinho bem branco. É jangada, e saber disso dói.
Perdendo altura, a sombra exata da nave se projeta na inexata cortina transparente que é nuvem também. É sol, e principalmente é arco-íris. Um arco de 270 graus: passaremos por dentro dele, como passaporte para uma dimensão absolutamente mágiga. Eu não duvido não, não mesmo ...

Pouso autorizado. Flutuando sobre favelas, mais barro, Farol da Barra, Ondina, Amaralina, reversão de motores, vai freando, freando...

SALVADOR !

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